REF: #O Homem do Sombrero Grande - Muito Prazer

O Homem do Sombrero Grande - Muito Prazer

Obra original do artists Ricardo AKN que faz parte de sua exposição "Narrativas em Camadas - Entre linhas e fragmentos".

O Homem do Sombrero grande
Naquela cidade esquecida pelo tempo, onde o vento sussurrava segredos pelas ruas vazias e as paredes desbotadas guardavam histórias não contadas, havia uma lenda. Ninguém sabia exatamente quando começou, mas todos conheciam a história do **Homem do Sombrero grande**.
Ele aparecia nas noites em que a lua se escondia atrás das nuvens, um vulto silencioso que caminhava pelas vielas poeirentas, sua figura se destacando contra o vazio da noite. Seu sombrero era tão grande que parecia carregar o céu em sua aba, sombreando não apenas seu rosto, mas também o mundo ao seu redor. Dizia-se que seus olhos, se alguém os visse, eram como poços profundos, cheios de promessas quebradas e memórias esquecidas.
Ninguém se aproximava dele. Não por medo, mas por respeito a algo que parecia muito além do entendimento humano. Ele era um andarilho eterno, condenado a vagar pela cidade que uma vez foi sua, um reflexo de tempos passados, preso em um ciclo sem fim.
Houve um tempo em que o Homem do Sombrero grande tinha um nome, um rosto, uma vida. Ele era conhecido como Don Estevão, um vaqueiro destemido que protegia as terras e o povo daquela cidade. Seu chapéu, já então imenso, era um símbolo de sua autoridade e responsabilidade. Porém, em uma noite de tormenta, quando o vento rugia como uma fera, Don Estevão tomou uma decisão que selaria seu destino.
A cidade estava ameaçada por uma força desconhecida, algo que vinha do deserto e trazia com ela a escuridão. Não era um monstro ou uma tempestade; era algo muito pior. Don Estevão, na sua bravura, confrontou essa força, oferecendo sua própria alma em troca da segurança de seu povo. A cidade foi salva, mas ele desapareceu. Não restou nada além do eco de seu nome e do sombrero que cobria sua cabeça.
Alguns dizem que ele não morreu, mas foi condenado a andar eternamente, vigiando a cidade que jurou proteger. O sombrero, antes um símbolo de sua bravura, tornou-se seu fardo, uma sombra de sua humanidade perdida. Agora, sempre que a noite cai e as estrelas se apagam, ele surge, um guardião silencioso da cidade adormecida.
Os poucos que ousaram vê-lo de perto dizem que, embaixo daquele sombrero, há apenas uma vaga sombra de quem ele foi. Sua figura, embora imponente, parece derreter na escuridão, como uma memória que o tempo insiste em apagar. Mas sua presença ainda ressoa, um lembrete de sacrifícios antigos e promessas.
Assim, o Homem do Sombrero grande continua sua vigília, caminhando pelas ruas desertas, eternamente trazendo paz e calmaria, carregando sobre seus ombros a alegria de uma cidade que ele nunca deixará para trás.

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